A asquerosa substância que inunda o Monte Everest
O Monte Everest recebe cerca de 100 mil visitantes por ano, segundo dados coletados pela National Geographic. Por conta disso, o cobiçado lugar de montanhismo do Himalaia está, atualmente, saturado de lixo!
O lixo é periodicamente recolhido no acampamento base e transportado montanha abaixo. No entanto, nos últimos anos, a quantidade de dejetos humanos tornou-se um problema.
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Mingma Sherpa, prefeito de Pashang Lamu, disse à BBC: “Nossas montanhas começaram a apresentar mau cheiro”. A esmagadora quantidade de visitantes, juntamente com os 600 montanhistas que sobem ao pico do Everest, todos os anos, provocam uma terrível saturação de f e z e s.
Imagem: Andreas Gläber/Unsplash
A ONG local Sagarmatha Pollution Control Committee (SPCC) estima que até três milhões de f e z e s acumulam-se anualmente, no caminho para o cume do Everest. Em baixas temperaturas, os dejetos humanos simplesmente mumificam!
A montanha mais alta da Terra, com mais de 8.848 metros de altitude, apresenta um clima extremo. No pico do Everest, a temperatura pode atingir -40ºC, enquanto no acampamento base, que tem aproximadamente 5 mil metros de altitude, a temperatura máxima, em abril, é de 1ºC.
Agora, as autoridades nepalesas exigem que os alpinistas tragam os seus resíduos da montanha, dentro de um saco. Esta é a única maneira de reduzir o excesso de resíduos no cume.
Imagem: Pixabay
Além do frio intenso, não há banheiros convencionais ao longo da rota do Monte Everest. Os alpinistas, muitas vezes, precisam fazer suas necessidades ao ar livre, em condições muito rudimentares e desconfortáveis.
Além disso, os dejetos humanos deixados na montanha não são apenas um perigo para a saúde dos futuros visitantes, mas também colocam em risco a paisagem local.
Ao chegar ao cume, os escaladores podem avistar todos os tipos de resíduos ao longo do caminho, até mesmo os corpos dos escaladores que nunca chegaram ao topo. Alguns corpos ficam para trás devido à sua localização perigosa, ficando mumificados com o tempo, devido às baixas temperaturas.
Com o aquecimento global e o derretimento de parte das geleiras, alguns corpos que estavam escondidos na neve ficaram expostos na região. Estima-se que quase 300 pessoas tenham perdido a vida durante a escalada do Everest, relatou O Globo.
Destinos que antes eram rotulados como exclusivos, apenas para montanhistas experientes, agora, estão abertos ao grande público, atraindo turistas de todo o mundo.
No entanto, devido à "comercialização" do Monte Everest, muitos turistas reduzem seus riscos. De acordo com o Business Insider, o Monte Everest é reconhecido como um dos destinos turísticos mais letais do mundo, tirando a vida de seis pessoas por ano!
No artigo do Business Insider, escrito por Hilary Brueck, Ashley Collman e Maiya Focht, a superlotação foi apontada como a possível causa do aumento do número de mortes, nos últimos anos.
Quando há uma grande quantidade de pessoas na fila para alcançar o cume, torna-se desafiador realizar uma descida rápida de emergência, caso alguém esteja ferido ou doente.
É claro que o fluxo de visitantes ao Everest é um negócio extremamente lucrativo. De acordo com a CNN, os turistas que tentam subir ao pico gastam entre 35 mil e 150 mil dólares por cabeça.
É importante encontrar o equilíbrio entre preservar a paisagem do Himalaia e proporcionar uma experiência positiva aos escaladores. Com o crescente número de visitantes, o essencial é trazer no caminho de volta todo o lixo gerado, incluindo os excrementos.
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