Como está hoje o piloto de F1, Emerson Fittipaldi?
Emerson Fittipaldi é considerado um dos grandes nomes da Fórmula 1. Venceu dois campeonatos mundiais e ganhou o respeito dos fãs de corrida ao redor do mundo. Na galeria, confira sua trajetória até os dias de hoje!
Fittpaldi nasceu em São Paulo, Brasil, em 1946 e foi imediatamente atraído pelo automobilismo, assim como seu irmão, Wilson Jr., devido ao papel de seu pai como jornalista do setor e comentarista de rádio.
Segundo Gerald Donaldson, em um artigo para o site da Fórmula 1, Emerson e Wilson Jr. estavam ansiosos para correr por conta própria, algo que seu pai não estava disposto a financiar devido à pouca idade dos filhos.
Assim, os irmãos Fittipaldi começaram seu próprio negócio de acessórios para automóveis, o que se mostrou incrivelmente lucrativo. Logo, começaram a dominar as categorias juniores das corridas brasileiras de karts, com Emerson se mostrando o piloto mais talentoso.
Emerson provou seu valor com um campeonato brasileiro de kart e outro título na competição de monopostos Fórmula Vee, todos conquistados com financiamento próprio.
Com seu talento inegável e desejo insaciável de vencer, o campeão júnior deixou o Brasil para novas terras. Na Inglaterra, comprou uma Fórmula Ford e começou a vencer imediatamente.
Depois de dominar a Fórmula 3 e mostrar do que era capaz na Fórmula 2, Fittipaldi assinou um contrato de longo prazo com a Lotus, segundo a Motor Sport Magazine.
Foi em 1970 quando o piloto brasileiro deu seus primeiros passos na Fórmula 1, com a Lotus lentamente o levando ao nível de elite. Um quarto lugar em sua estreia no Grande Prêmio da Grã-Bretanha logo abriu as portas para ele se tornar o piloto principal da equipe, após a morte de Jochen Rindt e a aposentadoria repentina de John Miles, durante o Grande Prêmio da Itália.
O Grande Prêmio da Itália provou ser a criação de Fittipaldi, apesar das circunstâncias trágicas. O próximo fim de semana de corrida viu Emerson vencer o Grande Prêmio dos Estados Unidos em Watkins Glen, dando um impulso à devastada equipe Lotus e mostrando que ele estava pronto para competir nas grandes ligas.
Em 1972, Emerson Fittipaldi venceu 5 das 12 corridas daquela temporada e o campeonato mundial. Com apenas 25 anos, ele foi o mais jovem a conseguir tal feito, segundo o site da Fórmula 1.
Apesar de uma temporada, em 1973, muito disputada, Fittipaldi terminou em segundo no campeonato, atrás de Jackie Stewart. Foi então que recebeu uma oferta da McLaren que ele não pôde recusar, indo para lá na temporada de 1974.
A decisão se mostrou correta para Emerson, que venceu três corridas e marcou pontos consistentemente a caminho de seu segundo campeonato mundial. Em 1975, ele terminou novamente em segundo no campeonato, com Nikki Lauda dominando o grid.
Apesar do sucesso com a McLaren, no final da temporada de 1975, Fittipaldi tomou a chocante decisão de deixar a equipe britânica, decidindo correr por uma nova equipe que ele e seu irmão criaram, financiada pela fabricante brasileira de açúcar, Copersucar.
Apesar da decisão de mudança ter sido motivada pela lealdade familiar, é difícil imaginar que Emerson Fittipaldi não se arrependeu dela quase imediatamente, já que o carro financiado pela Copersucar era "vergonhosamente pouco competitivo", segundo Gerald Donaldson.
Apesar de persistirem com sua equipe, os irmãos Fittipaldi não viram muita melhora de 1975 a 1979. Uma mudança no nome da equipe para Fittipaldi Automotive, em 1980, não fez as coisas melhorarem, com a Copersucar retirando seu financiamento pouco tempo depois.
Em 1982, a Fittipaldi Automotive fechou como uma equipe e Emerson retornou à sua terra natal, tendo aparentemente se aposentado das corridas, para comandar o negócio da família. Apesar de seu talento e sucesso na Fórmula 1, sua decisão de se afastar dos gigantes estabelecidos do esporte lhe custou caro.
Não demorou muito para que Fittipaldi retornasse ao mundo do automobilismo, ingressando na IndyCar Series, nos EUA, onde venceu o campeonato de 1989 e conquistou dois títulos na ilustre corrida Indianápolis 500.
Em 1996, o brasileiro sofreu uma fratura no pescoço, forçando-o a se aposentar, aos 50 anos. É difícil não pensar que Fittipaldi poderia ter sido mencionado no mesmo fôlego que grandes nomes como Senna e Lauda se ele não tivesse escolhido a família acima de tudo. Ainda assim, seu impacto no esporte e nas corridas brasileiras não pode ser subestimado.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!
Em 2022, Emerson Fittipaldi teve troféus e carros de corrida penhorados pela Justiça de São Paulo, segundo o site Uol. O motivo seria uma dívida estimada em R$ 416 mil com a empresa Sax Logística de Shows e Eventos. Em 2020, o ex-piloto revelou à Folha de São Paulo que passava por dificuldades financeiras. Na época, ele já tinha dívidas com outros credores.
Emerson Fittipaldi é ativo no Instagram, onde reúne mais de 400 mil seguidores, e mostra que, além de ainda estar completamente ligado ao mundo do motor, continua inspirando fãs.