Luís Figo: traição, Bola de Ouro e filantropia

Luís Figo foi um dos melhores jogadores de futebol da sua geração. Ele construiu uma carreira excepcional, com muitos troféus, mas não sem polêmica. Relembre sua trajetória, na galeria!

Luís Filipe Madeira Caeiro Figo nasceu em Almada (Portugal), no dia 4 de novembro de 1972, filho de António Caeiro Figo e Maria Joana Pestana Madeira.

Figo começou a jogar futebol no clube Os Pastilhas, mas logo deu o salto para as camadas jovens do Sporting CP.

Figo estreou no Sporting em abril de 1990 e marcou o seu primeiro gol no final de 1991.

Nessa altura, já havia começado a fazer nome, vencendo o Campeonato do Mundo Sub-20 da FIFA de 1991, ao lado de outras estrelas em ascensão, como Rui Costa e João Pinto.

Na época 1994/95 conquistou o seu único troféu pelo Sporting, a Taça de Portugal.

Figo atraiu o interesse de grandes clubes europeus e assinou contrato com a Juventus e o Parma. Os dois clubes, no entanto, discutiram sobre a transferência do português, o que resultou na proibição de sua transferência para a Itália, por dois anos.

Foi o FC Barcelona quem aproveitou a situação e contratou Figo por 2,5 milhões de euros em 1995 (Transfermarkt).

Teve impacto imediato na Catalunha e venceu a Super Copa e a Copa del Rey, em 1996/97.

Nas duas temporadas seguintes, Figo e seus companheiros do Barcelona sagraram-se campeões espanhóis em duas ocasiões consecutivas.

Na época, Figo era uma figura muito reverenciada em Barcelona e os torcedores do time acreditavam que ele nunca os falharia.

Em meados de 2000, Figo surpreendeu a todos ao assinar com o arquirrival Real Madrid, que pagou a cláusula de rescisão do português.

A transferência de Figo significou o início da era Galácticos, no Real Madrid, com estrelas globais a serem contratadas pelo presidente do clube, Florentino Pérez.

Os torcedores do Barça se sentiram traídos por Figo, que recebeu uma recepção hostil quando retornou com a camisa do Madrid, ao Camp Nou, pela primeira vez, em outubro de 2000.

No entanto, pouco depois, Figo viveu um dos maiores triunfos da sua carreira: ganhou a Bola de Ouro de 2000.

Com Figo em seu time, o Real Madrid conquistou  dois títulos do campeonato espanhol e uma Liga dos Campeões, entre outros troféus.

Em 2001, ele conquistou outro importante troféu individual, o prêmio de Jogador do Ano da FIFA.

Entretanto, os torcedores do Barça ainda estavam ressentidos com Figo e, durante um jogo Madrid x Barça, no Cam Nou, no final de 2002, jogaram uma cabeça de p o r c o no campo.

A Netflix chegou a fazer um documentário intitulado "O Caso Figo: A Transferência que Mudou o Futebol", em que o próprio jogador conta a sua versão da história.

Em agosto de 2005, a aventura espanhola de Figo chegou ao fim, com a sua transferência gratuita para o time italiano Internazionale.

Em Milão, Figo continuou a fazer aquilo em que era bom: ganhar troféus, incluindo quatro títulos consecutivos da liga italiana.

Após a temporada 2008/09, Figo pendurou as chuteiras e despediu-se da carreira de jogador de futebol.

Durante a sua carreira, Figo também se tornou um dos principais jogadores da seleção de Portugal.

Representou Portugal 127 vezes, marcando 32 gols (Transfermarkt).

Com Figo como capitão, Portugal chegou à final do Euro 2004, mas perdeu, dramaticamente, para a Grécia.

Após a carreira de jogador, Figo queria concorrer à presidência da FIFA, mas acabou desistindo da eleição. Mais tarde, trabalhou para o Inter e depois começou como conselheiro de gestão da UEFA.

Com relação à sua vida pessoal, Figo é casado com a modelo sueca Helen Svedin, com quem tem três filhas.

Também se envolveu nas corridas A1GP, como co-proprietário da A1 Team Portugal, ao lado do compatriota Carlos Queiroz.

Figo juntou-se à luta contra a tuberculose, tornando-se embaixador da Parceria Stop TB, que está empenhada em “eliminar a TB como problema de saúde pública até 2030”, conforme afirma no seu site.

Figo é embaixador da UNICEF, além de ter a sua própria Fundação, que leva seu nome e está comprometida com projetos e iniciativas para crianças carentes.

Figo é muito mais do que um ex-astro do futebol. Ele tenta, todos os dias, continuar a deixar a sua marca por um mundo melhor.