Provas de surfe das Olimpíadas preocupa ambientalistas no Taiti

O surf olímpico desperta paixão
O cenário perfeito
Ondas desafiadoras
Italo Ferreira
O local mágico e distante
Como foi a escolha da ilha para sedir o surfe olímpico?
O alcance dos Jogos Olímpicos Paris 2024
Eleição polêmica
Hidalgo cancelou sua visita oficial
O surfista Matahi Drollet fez um apelo público
A torre seria realmente um projeto sustentável?
Temores sobre danos aos corais no Taiti
Impacto na estrutura que cria as ondas Teahupo'o
Perigo devido à perfuração de recifes
Espécies de peixes e corais em risco
Paris 2024 optou por uma torre reduzida de alumínio
Minimizar o impacto ambiental
Compacta e durável
Os corais e a nova torre
Certificação e futuro
Habitação social para a comunidade local
O surf olímpico desperta paixão

Enquanto os Jogos Olímpicos de Paris darão ênfase a marcos emblemáticos como a Torre Eiffel e o Palácio de Versalhes, o surfe ocorrerá no deslumbrante cenário de Teahupo'o, no Taiti. Este local icônico, conhecido por suas incríveis ondas, será o centro das atenções a partir de 27 de julho.

O cenário perfeito

Reconhecida como uma das mais seletivas e belas praias do mundo, Teahupo'o, na costa sudoeste do Taiti, oferece um cenário ideal para o surfe nos Jogos Olímpicos.

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Ondas desafiadoras

Em 2013, Teahupo'o foi classificada pela CNN como o 3º melhor destino de surfe no mundo. Conhecida por suas ondas intensas e excepcionais, o local, cujo nome significa "parede de c a v e i r a s," é renomado por ser potencialmente perigoso.

Italo Ferreira

Na foto, o brasileiro Italo Ferreira, campeão dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, disputando as semifinais masculinas do Shiseido Tahiti Pro, no dia 30 de maio de 2024, em Teahupo'o.

O local mágico e distante

Teahupo'o fica a 15 mil quilômetros e 21 horas de voo de Paris. Será a instalação olímpica mais distantes de sua sede da história. Tony Estanguet, presidente dos Jogos, elogiou a magia e as impressionantes ondas do local após sua visita em 2022, afirmando que o Taiti oferecerá as condições mais espetaculares para os surfistas e para o esporte.

Como foi a escolha da ilha para sedir o surfe olímpico?

Localizada no Pacífico Sul e com diferença horária de doze horas de Paris, a ilha polinésia competia com Biarritz, Lacanau, Hossegor-Seignosse-Capbreton e La Torche, para fazer parte do circuito de surfe masculino, segundo a France 24.

Na foto, a surfista francesa Vahine Fierro segura a chama olímpica durante o revezamento, em Teahupo'o.

O alcance dos Jogos Olímpicos Paris 2024

A inclusão do Taiti nos Jogos Olímpicos Paris 2024 reflete o compromisso dos organizadores em expandir o evento por todo o território francês. Na imagem, o presidente dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024, Tony Estanguet (à esquerda), conversa com a gerente do local de surfe na Polinésia Francesa, Barbara Martins-Nio.

Eleição polêmica

Os organizadores olímpicos decidiram, inicialmente, substituir a torre de madeira (foto) na lagoa de Teahupo'o por uma estrutura de alumínio de 14 metros. Essa decisão provocou uma discussão acirrada entre os críticos e os apoiadores dos Jogos Olímpicos.

Hidalgo cancelou sua visita oficial

A tensão foi tanta que levou a prefeita de Paris, Anne Hidalgo (foto), a cancelar sua visita a Teahupo'o durante uma viagem oficial ao Taiti, no final de outubro de 2023, segundo o La Nación.

O surfista Matahi Drollet fez um apelo público

O surfista e ativista Matahi Drollet, natural de Teahupo'o, é contra a nova torre de alumínio, que custaria 5 milhões de dólares. Em um apelo público, ele pediu ao presidente da Polinésia Francesa, Moetai Brotherson, que visite a área afetada para observar o rico ecossistema marinho que os moradores locais desejam proteger.

A torre seria realmente um projeto sustentável?

Alguns críticos consideram a torre como um símbolo do colonialismo e acusam os organizadores de não cumprirem suas promessas de sustentabilidade.

Temores sobre danos aos corais no Taiti

Alexandra Dempsey, ambientalista e CEO da Khaled bin Sultan Living Oceans Foundation, expressou preocupação com os possíveis danos aos corais que fazem do Taiti um destino ideal para o surf profissional, segundo relatou a CNN.

Impacto na estrutura que cria as ondas Teahupo'o

“Não é só a ecologia do recife que seria prejudicada, mas também a estrutura que cria as ondas para as quais este local foi escolhido. As consequências de danificar o sistema de recifes não são claras”, acrescentou. Na imagem, vista subaquática das ondas sobre o recife de coral.

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Perigo devido à perfuração de recifes

Ambientalistas e pescadores locais temem que a perfuração do recife de coral possa promover a proliferação de uma alga microscópica, chamada de ciguatera, que contamina os peixes e pode causar doenças nas pessoas que os consomem, relatou a Euro News.

Espécies de peixes e corais em risco

De acordo com o posto de turismo do Taiti, a Polinésia Francesa abriga mais de mil espécies de peixes e 150 espécies de corais. Estes corais, que estão ameaçados pelas mudanças climáticas e pelo turismo de massa, são altamente protegidos.

Paris 2024 optou por uma torre reduzida de alumínio

Como resultado, a comissão de Paris 2024 optou por construir uma versão reduzida da nova torre de alumínio, após considerar alternativas como reforçar a torre existente, construir uma nova torre de madeira, ou permitir que os juízes avaliassem a prova partir de terra ou de barcos.

Minimizar o impacto ambiental

Em um comunicado de imprensa, foi destacado que todos os planos para Teahupo'o visam minimizar o impacto ambiental, com estudos específicos conduzidos durante a concepção e construção da nova torre para assegurar sua sustentabilidade.

Compacta e durável

Os organizadores explicaram que a nova torre, menor e mais leve, com novas fundações permanentes, garantirá a sua durabilidade e a realização de futuros eventos em Teahupo'o.

Os corais e a nova torre

“Com o tempo, os corais cobriram até mesmo a antiga estrutura de concreto da torre”, disseram os organizadores. E acrescentaram: "A nova torre não é exclusiva para os Jogos Olímpicos, é uma estrutura dobrável que será erguida anualmente durante o evento”.

Certificação e futuro

“A estrutura de alumínio, projetada e construída exclusivamente no Taiti, pode ser certificada quanto à segurança. Este investimento do governo do Taiti visa garantir a realização de eventos de surfe em Teahupo'o pelos próximos 20 anos”, concluiu o Comitê Organizador.

Na foto, Kelly Slater (EUA), 11 vezes campeão da WSL.

Habitação social para a comunidade local

De acordo com olympics.com, o espaço Tehaupo'o continuará a sediar o World Surf Tour. A Vila dos Atletas, estabelecida com uma estrutura baseada em casas tradicionais polinésias, conhecidas como “farès”, será realocada e restabelecida como habitação social, beneficiando as comunidades locais.

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