A história de superação de Rebeca Andrade, a Atleta do Ano 2023
Ela brilhou em todas as competições que participou em 2023 e ganhou, merecidamente, o prêmio de Atleta do Ano, entregado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Na galeria, contamos sua incrível trajetória! Confira!
Rebeca Andrade nasceu em Guarulhos, São Paulo, em 8 de maio de 1999. Desde cedo, mostrou aptidão para a ginástica e, aos 4 anos de idade, iniciou sua jornada nos tapetes e barras assimétricas.
Ela cresceu em uma família de sete irmãos, sob os cuidados de sua mãe solo, Rosa, que trabalhava como faxineira para financiar seu treinamento. No início, seu irmão mais velho a acompanhava, a pé, em uma jornada de duas horas, até os treinos, até que, finalmente, conseguiram uma bicicleta.
Foi sua tia quem a incentivou a começar a treinar, aos quatro anos, no Ginásio Bonifácio Cardoso. Nessa época, Rebeca ficou conhecida como a "Daianinha de Guarulhos" em alusão à grande ginasta brasileira Daiane dos Santos (foto).
Aos onze anos, Rebeca Andrade começou a treinar no Clube de Regatas do Flamengo, no Rio de Janeiro, do qual continua fazendo parte até os dias de hoje.
Em 2012, aos 13 anos, participou de seus primeiros campeonatos internacionais: Campeonato Pan-americano Júnior e Campeonato Sul-Americano Júnior, onde recebeu suas primeiras medalhas de ouro, em ambos campeonatos.
Este também foi o ano de estreia da atleta a nível nacional na categoria elite, conquistando o Troféu Brasil de Ginástica Artística e superando ginastas renomadas no cenário nacional, como Jade Barbosa e Daniele Hypólito.
Em 2014, uma lesão no dedão do pé impediu sua participação nas Olimpíadas da Juventude de Nanquim, sendo substituída por Flávia Saraiva, e forçou seu encerramento naquela temporada.
Esta não seria a primeira das lesões que sofreria a atleta ao longo de sua carreira. No ano seguinte, após sua estreia nas competições adultas internacionais na Copa do Mundo de Ginástica, onde conquistou a medalha de bronze, um rompimento no ligamento do joelho direito impediu sua participação nos Jogos Pan-Americanos e sua estreia no Campeonato Mundial.
A atleta voltou com tudo no ano seguinte. Em 2016, conquistou a medalha de prata nas barras assimétricas na Copa do Mundo de Doha. Também foi uma das selecionadas para representar o Brasil nas Olimpíadas de 2016, disputadas no Rio de Janeiro.
Em 2017, Rebeca Andrade conquistou sua primeira medalha de ouro em uma competição adulta, na Copa do Mundo de Koper, Eslovênia. Neste mesmo ano voltou a romper o ligamento do joelho. Ao recuperar-se, participou, em 2018, da Copa do Mundo de Cottbus, onde conquistou a medalha de ouro no salto sobre a mesa e na trave de equilíbrio, além da medalha de prata nas barras assimétricas.
O ano 2019 foi difícil para atleta, que teve sua terceira lesão no joelho, durante o Campeonato Brasileiro, e que impediu sua participação no Mundial daquele ano.
Foto: Instagram @rebecarandrade
Mas isso não seria suficiente para impedir a atleta de se classificar para os Jogos Olímpicos de 2020, campeonato pelo qual ganhou reconhecimento internacional, sendo convidada para participar de eventos e programas de televisão em todo o mundo.
Isso porque Rebeca fez história ao conquistar a medalha de prata no individual geral, tornando-se a primeira ginasta brasileira a conquistar uma medalha em provas de ginástica artística em Olimpíadas.
Além da prata, Rebeca também subiu ao pódio com o ouro no salto sobre a mesa, demonstrando sua destreza e habilidade incríveis e tornando-se a primeira atleta brasileira com duas medalhas em uma mesma Olimpíada.
No Mundial de Ginástica Artística, que ocorreu em Antuérpia (Bélgica), em outubro de 2023, ela conquistou cinco medalhas: uma de ouro (no salto), três de prata (nas categorias equipes, individual geral e individual no solo) e uma de bronze (individual na trave).
A estadunidense Simone Biles, que, com este mundial, tornou-se a atleta mais condecorada da história do seu país, mostrou sua alegria a cada conquista de Rebeca Andrade.
De fato, ao descobrir que Rebeca Andrade a havia superado no salto, Biles fez um lindo gesto: simulou que tirava uma coroa de sua própria cabeça e a colocava na da brasileira.
Por equipes, Rebeca Andrade ganhou a medalha de prata, ao lado das colegas Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares.
Na foto, Rebeca Andrade na final de salto sobre a mesa durante o mundial. Sua nota média foi de 14.750, contra 14.549 de Simone Biles, que ficou em segundo lugar.
A segunda medalha de prata conquistada por Rebeca Andrade foi no individual geral, cujo primeiro lugar ficou com Simone Biles. Quem levou o bronze foi Shilese Jones, também da equipe americana.
Rebeca Andrade brilhou em sua série de solo, cujo tema foi 'divas do pop', embalada por um pot-pourri de "End of Time", de Beyoncé, e "Movimento da Sanfoninha", de Rafael Castilho e DJ Pimpa.
Por último, Rebeca Andrade ficou com o bronze, na trave de equilíbrio, com 14,300 pontos, contra 14,700 da chinesa Zhou Yaqin e 14,800 de Simone Biles.
O Brasil terminou o Mundial com seis medalhas (sendo uma de bronze no solo para Flavia Saraiva), um recorde em mundiais de ginástica artística para o país.
Poucas semanas depois, Rebeca Andrade, mais uma vez, demonstrou seu talento ao conquistar a medalha de ouro na final feminina do salto dos Jogos Pan-Americanos 2023, em Santiago, Chile.
A atleta fez história ao conquistar o primeiro ouro feminino do país em 16 anos no evento.
Além do ouro, Rebeca também garantiu a a prata nas barras assimétricas.
Sua jornada de superação e resiliência, após tantos obstáculos, a tornou uma referência para atletas em todo o mundo, inspirando-os a nunca desistirem de seus sonhos. Com sua carreira em ascensão e uma determinação inabalável, o futuro de Rebeca Andrade promete ainda mais.
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