A incrível trajetória de Maria Bueno, o maior nome do tênis do Brasil
As novas gerações pouco ouviram falar de Maria Esther Bueno, mas ela é a maior tenista brasileira de todos os tempos, entre homens e mulheres. Foi eleita como a melhor jogadora de tênis da América Latina do século XX.
Em 2012, o canal estadunidense especializado no esporte, Tennis Channel, classificou a brasileira na 38ª posição entre os 100 maiores tenistas da história!
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A paulistana Maria Bueno, nascida em outubro de 1939, começou a jogar tênis aos seis anos, no Clube de Regatas do Tietê, em São Paulo.
Durante a carreira, ficou conhecida como a Bailarina do Tênis, pois demonstrava extrema elegância e habilidade em quadra.
Mas além da elegância, Maria Esther Bueno deixou um legado inegável na histório do esporte, com inúmeras conquistas e notoriedade internacional. Ela morreu vítima de um câncer, aos 78 anos.
Na início da doença, retirou um câncer no lábio e fez tratamento com radioterapia. No entanto, posteriormente, foram detectadas metástases em outros órgãos do corpo e ela optou por não fazer quimioterapia, relatou o Globo.
Maria Esther permaneceu lúcida e acompanhou os torneios de tênis até seus últimos dias, enquanto fazia tratamento com imunoterapia. Seu velório aconteceu no salão oval do palácio do governo de São Paulo, em 8 de junho de 2018.
No início da carreira profissional, aos 19 anos de idade, conquistou o primeiro lugar no ranking mundial, após vencer o cobiçado torneio de Wimbledom, em 1959. Na foto, à esquerda, com o troféu do torneio de tênis mais prestigiado do mundo.
Mas essa não foi a única vez que que esteve no topo do mundo. Maria Esther liderou o ranking em outras 3 temporadas: 1960, 1964 e 1966. Nesta última, Esther recebeu, mais uma vez, o troféu de simples de Wimbledon, como vemos na foto.
Em 1960, ela fez história ao se tornar a primeira mulher a alcançar o chamado Grand Slam de tênis, vencendo os quatro principais torneios do circuito de duplas no mesmo ano: três com Darlene Hard (na foto, à esquerda), e um com Christine Truman Janes.
O número de títulos que conquistou é quase incontável. Foram 71 troféus ao longo de sua carreira, sendo 19 deles em torneios de Grand Slam: sete em simples, 11 em duplas e um em duplas mistas.
De fato, em sua trajetória de Grand Slam, Maria Bueno foi a 35 finais. Um dos palcos onde mais brilhou foi justamente o de Wimbledon, vencedora de três campeonatos individuais (1959, 1960, 1964).
Isso sem contar as quatro vitórias no simples de US Open, em 1959, 1963, 1964 e 1966.
Em Roland Garros, a brasileira também impressionou, com 33 vitórias e 10 derrotas. Em 1960, ela brilhou ao vencer a competição de duplas, ao lado da americana Darlene Hard. No mesmo ano, conquistou também o torneio de duplas mistas, com o australiano Bob Howe.
Em 1978, Maria Esther entrou para o Hall da Fama do tênis. Além dela, apenas Gustavo Kuerten recebeu essa honraria, em 2012, quando o tricampeão de Roland Garros foi incluído na elite do esporte.
Maria Esther Bueno deixou um legado de excelência e pioneirismo no tênis brasileiro e mundial. Além de suas conquistas, ela inspirou futuras gerações de tenistas, incluindo a italiana Flavia Pennetta (foto), vencedora do US Open de 2015.
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