30 anos da morte de Ayrton Senna : sua vida em fotos
Ayrton Senna da Silva foi um piloto brasileiro que venceu três campeonatos mundiais de Fórmula 1 pela McLaren, em 1988, 1990 e 1991. É considerado um dos maiores pilotos de F1 de todos os tempos.
Ayrton nasceu no dia 21 de março de 1960, na cidade de São Paulo. Ele é o segundo dos três filhos de Neyde Joanna Senna Da Silva e Milton Guirado Theodoro Da Silva. Aos 4 anos, demonstrou extrema habilidade para dirigir kart e seu talento foi imediatamente reconhecido por seu pai.
Milton (na foto, à esquerda) sempre gostou de carros e incentivou seu filho a seguir no esporte. Foi ele que construiu o primeiro kart de Ayrton Senna, usando um motor de cortador de grama. Quando jovem, Milton trabalhava com compra e venda de veículos e, anos mais tarde, expandiu seus negócios na indústria de acessórios automotivos.
Viviane Senna Lalli é sua irmã mais velha. Psicóloga e empresária, ela é presidente do Instituto Ayrton Senna, fundado em 1994, com sede em São Paulo. Na foto, posa com seu filho, Bruno Senna, e o príncipe Albert de Mônaco (à direita), durante exposição em homenagem a Ayrton Senna, em Monte Carlo.
A marca deixada pelo piloto fez com que toda a família se envolvesse no mundo automobilístico. Leonardo Senna Silva (foto), seu irmão mais novo, fundou uma empresa chamada Audi Senna, que importava veículos da montadora alemã até 2004.
Aos nove anos, Ayrton já conduzia jipes, dentro da propriedade rural de seu pai. Também costumava assistir o anime japonês, Speed Racer, sobre um piloto de corridas.
Foto: Unsplash/bastien plu
Ayrton começou a competir nas provas de kart aos treze anos. Sua primeira vitória oficial aconteceu logo na primeira corrida, em julho de 1973. O palco da conquista foi o Kartódromo de Interlagos, que hoje leva seu nome.
Depois disso, colecionou inúmeras vitórias, sempre destacando-se pela maneira como dirigia. Foi campeão paulista (1974 e 1976), sul-americano (1977 e 1980) e brasileiro (1978, 9179, 1980). Então, seu talento o levou ao campeonato mundial de kart.
O piloto chegou com sede de vitória, mas teve de contentar-se com o vice-campeonato, em dois anos seguidos. Em Estoril (Portugal, 1979), Ayrton venceu a última corrida, mas perdeu no desempate por pontos, para o holandês, Peter Koene. Em Nivelles (Bélgica, 1980), Ayrton perdeu para mais um holandês, Peter de Bruyn.
Depois do kart, Senna foi convidado a participar do automobilismo inglês, que costuma ser palco daqueles que querem chegar à Fórmula 1.
Na competição de 1981, da Fórmula Ford, o piloto brasileiro ficou conhecido internacionalmente. Ele participou de 20 corridas, das quais venceu 12, pela equipe Van Diemen.
A primeira das 12 vitórias ocorreu em 15 de março de 1981, em Brands Hatch. Senna superou o argentino Enrique Mansilla e o mexicano Alfonso Toladano, vencendo as duas baterias da prova. Na foto, em 1988, com o francês, Alain Prost.
Em 1982, Senna foi campeão europeu e britânico de Fórmula Ford 2000, com 22 vitórias em 28 corridas, pela equipe de Dennis Rushen. Ele tinha apenas 22 anos.
Na foto, com Berger, em Estoril, 1991.
Sua passagem pela Fórmula 3 foi brilhante. Ali, ele conquistou o mundo e garantiu sua ida à tão sonhada Fórmula 1.
Segundo consta na página oficial de Ayrton Senna, o então experiente chefe da equipe West Surrey, Dick Bennetts, disse: “Ele (Ayrton) vence qualquer um”.
E de fato, Senna roubou a cena. Em 1982, ele participou de uma corrida do campeonato de F3, apenas para testar o carro, já que no ano seguinte correria pela categoria. Mas o que aconteceu entrou para a história.
Senna fez a pole, bateu o record de volta mais rápida e ganhou a corrida com 13 segundos de vantagem sobre o segundo colocado, Bengt Tragardh.
O que Senna fez no automobilismo marcou uma geração. Seu impressionante talento é reconhecido em todo o mundo e seus números no esporte são esmagadores.
O piloto que proporcionou momentos inesquecíveis aos espectadores reuniu no currículo 65 pole positions, 41 vitórias e 3 campeonatos mundiais na Fórmula 1.
Senna também provou ser um grande piloto em pistas molhadas. Em Silverstone (foto), 1988, fez uma ultrapassagem histórica para cima do austríaco Gerhard Berger e alcançou a dianteira, quase colidindo contra seu rival, Alain Prost.
Berger (na foto, à direita) e Senna eram muito próximos. No livro 'Memories of Senna', de Christopher Hilton, Berger declarou, com tom de brincadeira: "A pior coisa que ele (Senna) fez foi ser mais rápido do que eu!"
A corrida do Grande Prêmio do Japão foi a que deu a Senna seu primeiro título mundial. O piloto brasileiro largou em 16° lugar, devido a problemas técnicos, mas surpreendeu a todos, conseguindo recuperar posições, volta a volta, para garantir a vitória na corrida e seu troféu tão merecido!
Até que uma notícia abalou o mundo. Durante a terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Michael Schumacher. Então, ele entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do carro, devido a uma barra de direção quebrada, chocando-se contra o muro de concreto. Era dia 1° de maio de 1994.
Mesmo tendo sido levado de helicóptero ao hospital, ele não resistiu ao violento acidente e faleceu poucas horas depois, aos 34 anos.
Seu país de origem parou. O velório de Ayrton Senna, realizado em 5 de maio de 1994, foi um dos maiores do Brasil, com mais de 200 mil pessoas. Pela televisão, milhões de fãs do piloto puderam assistir à despedida.
O enterro foi feito em São Paulo e contou com a presença dos também pilotos Emerson Fittipaldi, Christian Fittipaldi, Alain Prost e Gerhard Berger, na foto, da direita para a esquerda.
Em entrevista à Japan House São Paulo, Viviane Senna conta que seu irmão tinha o desejo de ajudar a população do Brasil. Daí surgiu a iniciativa de criar uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de ajudar crianças e jovens através da educação de qualidade.
O órgão beneficia anualmente 1,8 milhão de estudantes e colabora na formação de 65 mil educadores espalhados por 700 municípios de todas as regiões do Brasil.
No site oficial de Ayrton Senna, Viviane diz: "Ayrton tinham uma verdadeira paixão pelo Brasil". O capacete do piloto, feito sob medida, tinha as cores da bandeira brasileira, verde e amarelo.
Seu legado continua vivo não só em forma das iniciativas do instituto que leva seu nome, como também na memória do mundo.
Além de vitorioso, ele ficou conhecido por sua incrível perseverança e capacidade de superar obstáculos.