Estrelas cujo sonho no Campeonato Saudita de Futebol virou pesadelo

Nem tudo que reluz é ouro?
Benzema, a principal contratação do Al-Ittihad
Criticado e ameaçado
Mudança de comportamento
O atacante francês pediu para deixar o clube
Uma estadia desconfortável em Jeddah
Ficar ou voltar para a Europa?
Aymeric Laporte, do Manchester City para o Al Nassr
'Há muitos jogadores insatisfeitos'
Contratos que não são cumpridos
Cuidado insuficiente com os jogadores
Uma agenda excessiva e sem dias de folga
Tempo perdido no trânsito
E se a situação não mudar?
Jota e seu pesadelo na Arábia Saudita
Não foi bem recebido
Não era um craque famoso
Não entrou no time titular
Preso na Arábia e sem poder jogar
Jordan Herderson, o primeiro em regressar à Europa
Morava em outra cidade
Um defensor dos direitos LGBT
Uma decisão futebolística
Nem tudo que reluz é ouro?

Assim como Cristiano Ronaldo, a maior parte das estrelas do futebol que saiu da Europa para jogar na Arábia Saudita, adaptou-se à nova vida. Outras, pouco tempo depois de chegarem lá, mudaram seu comportamento e até criticaram o time pelo qual foram contratadas. Veja na galeria!

Benzema, a principal contratação do Al-Ittihad

Depois de ganhar a Bola de Ouro no seu último ano brilhante no Real Madrid, Karim Benzema assinou pelo Al-Ittihad de Jeddah, em junho de 2023, concretizando um sonho. "Sou muçulmano e quero estar num país muçulmano”, disse ele, então.

Criticado e ameaçado

Depois de seu time ser eliminado do Mundial de Clubes e de perder para o Al-Nassr, Karim Benzema começou a receber críticas dos torcedores do Al-Ittihad e chegou, inclusive, a fechar sua conta no Instagram, por ameaças.

Mudança de comportamento

A partir daí, o atacante francês começou a ter atitudes de indisciplina. Saiu de forma injustificada de Jeddah, antes da última partida da primeira rodada da Saudi Pro League; não compareceu a três treinos e chegou atrasado à concentração da equipe para a pré-temporada de janeiro.

O atacante francês pediu para deixar o clube

Tudo isso levou seu técnico, o argentino Marcelo Gallardo, a deixá-lo de fora do amistoso que o Al-Ittihad disputou em janeiro, em Dubai. Cansado da pressão e dos críticos, o próprio Benzema pediu para sair do clube.

Uma estadia desconfortável em Jeddah

Benzema, na verdade, nunca se sentiu confortável no Al-Ittihad. Com o seu anterior treinador, Nuno Espírito Santo, teve uma relação tensa que terminou com a saída do português do banco da equipe saudita.

Ficar ou voltar para a Europa?

O futuro de Benzema está no ar. O Al-Ittihad deu-lhe duas opções: ficar ou ser emprestado a outra equipe saudita. Entretanto, o francês mostrou-se disposto a regressar à Europa, sobretodo ao clube que o tornou jogador de futebol, Olympique de Lyon.

Aymeric Laporte, do Manchester City para o Al Nassr

Já o hispano-francês Aymeric Laporte deixou o Manchester City em troca de 27,5 milhões de euros oferecidos pelo Al-Nassr de Cristiano Ronaldo, no dia 24 de agosto de 2023.

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'Há muitos jogadores insatisfeitos'

Poucos meses depois, em janeiro de 2024, coincidindo com a metade da sua primeira temporada na Arábia Saudita, o defesa fez algumas revelações, ao jornal AS, sobre o 'Lado B' do futebol no país árabe: "Não nos deram muitas instalações. Na verdade, há muitos jogadores que estão insatisfeitos."

Contratos que não são cumpridos

Laporte deu mais detalhes do que vive no time: “Você negocia alguma coisa e depois de assinar, eles não aceitam e brigam por isso. É algo que na Europa eu não conheço", disse Laporte. No entanto, ele reconheceu que, da mesma forma que lhes é tirado algo, também lhes é dado em outros aspectos".

 

Cuidado insuficiente com os jogadores

Sobre o tratamento dado aos jogadores, Laporte diz: “Eles cuidam de nós, mas não o suficiente para o meu gosto. Na Europa,  cuidam muito mais de ti".

Uma agenda excessiva e sem dias de folga

O francês também comentou sobre o ritmo dos jogos: “Jogamos de três em três dias e é cansativo. Depois, você vai para a Seleção e não te dão folga. É mentalmente e fisicamente complicado."

Tempo perdido no trânsito

Na mesma entrevista, o jogador falou da qualidade de vida que têm na cidade de Riad: "Eu esperava algo diferente, porque, no final, aqui, você passa três horas por dia dia no carro."

E se a situação não mudar?

Questionado se gostaria de regressar à Europa, Laporte disse: “Neste momento não considerei, mas se estou decepcionado em tão pouco tempo, você se pergunta o que fazer. Esse momento ainda não chegou, mas olhando para o futuro poderá chegar, se essa dinâmica continuar assim."

Jota e seu pesadelo na Arábia Saudita

Caso pior foi o do português Jota, para quem o pesadelo na Arábia Saudita começou menos de dois meses depois de deixar o Glasgow Celtic para jogar no Al-Ittihad, sendo um dos primeiros europeus contratações do verão frenético de 2023.

 

Não foi bem recebido

Jota chegou a Jeddah com um contrato de 10 milhões de euros anuais por um período de três anos, mas, no final de agosto, começaram a correr rumores de que a sua nova equipe não o queria mais.

Não era um craque famoso

O principal motivo apresentado pela imprensa saudita foi que, para torcedores e dirigentes do Al Ittihad, atual campeão da Saudi Pro League, o jogador não tinha fama de craque, como outros.

Não entrou no time titular

Apesar disso, Jota permaneceu como um dos integrantes do Al Ittihad, embora sem possibilidade de jogar, já que nem sequer o inscreveram na Saudi Pro League.

Preso na Arábia e sem poder jogar

Segundo o jornal português A Bola, que ecoou informações do Al Riyadh, os clubes sauditas só têm o direito de selecionar oito jogadores estrangeiros, razão pela qual o Al-Ittihad decidiu sacrificar, entre outros, Jota.

Jordan Herderson, o primeiro em regressar à Europa

O ex-meio-campista do Liverpool, Jordan Henderson, chegou a uma situação extrema: ele, diretamente, rompeu seu contrato, assinado seis meses antes, com o Al-Ettifaq e, em janeiro de 2024, foi jogar pelo Ajax, na Eredivisie holandesa.

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Morava em outra cidade

No tempo em que vestiu a camisa do Al-Ettifaq, Henderson nem sequer morou na cidade de Damman, de onde o Al-Ettifaq é originário. Ele passou a residir no Four Seasons hotel, no Bahrein, a 50 minutos de carro.

Um defensor dos direitos LGBT

Na verdade, sua contratação surpreendeu desde o primeiro minuto, já que Henderson sempre foi um fiel defensor dos direitos LGBT e, como capitão, usava regularmente a braçadeira arco-íris. Em entrevista ao The Athletic, ele explicou: “Os meus valores não mudarão num país com leis diferentes”.

Uma decisão futebolística

Na apresentação como novo jogador do Ajax, Henderson disse: "Foi uma decisão futebolística e tomada pensando no que é melhor para mim e para minha família", disse Henderson, ao mesmo tempo em que observou: "Tenho total respeito pela Liga Árabe, aos torcedores do clube, às pessoas que realmente nos fizeram sentir bem-vindos".

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