Olimpíadas de 2028 estão ameaçadas pelos incêndios em Los Angeles?
Desde 7 de janeiro, Los Angeles enfrenta incêndios que já consumiram mais de 16 mil hectares, destruíram bairros inteiros e deixaram ao menos 27 mortos. Os bombeiros seguem trabalhando, com 50% das chamas já controladas.
A plataforma de dados meteorológicos AccuWeather, citada pelo Business Insider, estima que o custo total dos danos poderá atingir entre 250 e 275 bilhões (em escala americana) de dólares.
Enquanto Los Angeles prepara-se para receber os Jogos Olímpicos de 2028, com milhares de atletas, espectadores e dirigentes, surgem preocupações quanto à organização do evento.
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Até agora, nenhuma das 80 instalações olímpicas anunciadas foi diretamente impactada pelos incêndios. No entanto, as chamas aproximaram-se perigosamente do Rose Bowl, palco das partidas de futebol, e do Riviera Country Club, sede das competições de golfe.
O Los Angeles Times informou que o campus da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), planejado para ser a Vila Olímpica em 2028, ficou praticamente vazio devido à má qualidade do ar.
Embora a infraestrutura esportiva tenha sido poupada, o risco de futuros incêndios permanece alto. Em uma região tão seca, eventos como esses podem se repetir, especialmente no verão, quando os Jogos estão programados para ocorrer, de 14 a 30 de julho de 2028.
Para Mike Bonin, ex-vereador que apoiou os Jogos de 2017, os incêndios florestais são um "cenário de pesadelo" que coloca em dúvida a capacidade de Los Angeles de sediar as Olimpíadas, segundo o New York Times.
Conservadores criticaram a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, pela forma como lidou com os incêndios e também responsabilizaram o governador da Califórnia, Gavin Newsom, ambos democratas, apontando falhas na gestão da água. Newsom é conhecido por sua oposição a Donald Trump.
No X, o ativista conservador Charlie Kirk defendeu o cancelamento das Olimpíadas em Los Angeles, alegando falta de preparo. “Se você não consegue encher um hidrante, não está qualificado para sediar os Jogos”, escreveu, sugerindo transferir o evento para Dallas ou Miami, locais que, segundo ele, garantiriam a segurança dos atletas.
As preocupações, no entanto, vão além do campo republicano. Alguns alertam para os desafios de organizar um evento dessa magnitude, com custos estimados em 7 bilhões de dólares (em escala americana), enquanto a cidade enfrenta a reconstrução de bairros devastados.
Segundo Jadrian Wooten, professor da Virginia Tech, o principal desafio nos próximos meses será equilibrar os recursos financeiros entre a revitalização das áreas olímpicas e o combate a futuros incêndios florestais, publicou o New York Times.
O New York Times também estima que, quando os Jogos Olímpicos começarem, dentro de três anos e meio, a cidade-sede ainda estará em fase de reconstrução.
Casey Wasserman, presidente do comitê organizador dos Jogos de Los Angeles 2028, mantém o otimismo. “Los Angeles é sinônimo de resiliência e determinação. A força de nossas comunidades e nossa união em tempos difíceis tornam a cidade extraordinária. Em 2028, esse espírito brilhará mais do que nunca”, declarou.
O presidente eleito declarou apoio à LA 2028, afirmando: “Estes são os Jogos da América, mais importantes do que nunca para Los Angeles. Farei tudo para torná-los os maiores da história.” Segundo o Axios, a declaração foi feita em um encontro com Casey Wasserman em Mar-a-Lago, em 15 de janeiro.
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